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Baunilha



Nome científico: Vanilla planifolia Andr.
Família: Orchidaceae
Origem: Americana e Africana

Características da planta:
Planta herbácea e perene, que vegeta inicialmente como arbustos rastejantes e, em seguida, como trepadeiras. São as únicas orquídeas que possuem esse hábito. Possui caule cilíndrico, glabro, verde, carnudo e nodoso, que atinge de 15 até 30 m. As folhas são curtopecioladas, suculentas, medindo de 15 a 25 cm de comprimento por 3 a 4 cm de largura.
Características da flor:
Flores pedunculadas, grandes, de coloração amarelada e com uma linha saliente no centro do labelo. Estão reunidas em cachos, com 3 a 5 flores, que surgem na axila das folhas.
A baunilha é uma trepadeira tropical da mesma família das orquídeas, encontrada em áreas tropicais do Brasil. As flores se desenvolvem em frutos ou favas, dos quais se obtém os cristais de vanila, que originam a essência natural de baunilha, muito utilizada no preparo de doces, principalmente doces finos e chocolates produzidos em países europeus, sendo assim muito exportada para a Europa. A essência natural, embora trabalhosa para ser obtida, tanto no aspecto de cultivo como no processamento para obtenção dos cristais de vanila, atinge bom valor comercial. É também utilizada na indústria farmacêutica e produção de perfumes. Para o plantio comercial, cultiva-se a Vanilla planifolia andrews, uma variedade originária do México.

Solo:
A baunilheira se desenvolve melhor em solos ricos em matéria orgânica sendo necessário a utilização de tutores, que são suportes (estacas) de mais ou menos 1,5 m de altura para a condução das trepadeiras. Esta altura dos tutores é importante, pois a polinização é manual.

Clima
A temperatura média deve ser superior a 21 0C e com precipitação pluviométrica mínima de 1800 mm anuais. É uma cultura que não se desenvolve em campo aberto, pois as plantas necessitam de um pouco de sombra nos períodos mais quentes e secos, além de proteção contra o vento. É uma cultura normalmente consorciada com frutíferas perenes, como por exemplo o cajueiro, na região nordestina do Brasil.

Propagação:
Através de estacas de 40 a 80 cm de comprimento, plantadas em local sombreado, entre os meses de setembro a março.

Plantio:
As estacas são plantadas em covas de 30 x 30 x 30 cm, ao lado de tutores vivos (árvores) ou mortos (estacas com 1,5 m de altura). Planta-se de duas a três estacas, que são inclinadas em direção ao tutor, e das quais se retiram apenas as folhas que ficarão embaixo da terra. A medida que as plantas crescem, é preciso utilizar, por exemplo, varas horizontais entre os tutores, para conduzir o crescimento para elas e garantir que a cultura não cresça além de 1,5 m de altura.

Tratos culturais:
Para o controle das invasoras é recomendado somente realizar roçadas, sempre que necessário, podendo-se inclusive acumular o material cortado próximo à baunilheira, que além de ajudar a manter a umidade do solo é também boa fonte de matéria orgânica para a cultura, exigente neste material.

Florescimento e polinização:
Ocorre a partir do segundo ano do plantio, mas só a partir do terceiro ano é que a planta produz maiores cargas de frutos. As flores surgem por inflorescência nas axilas das folhas, formando cachos com 15 a 20 flores cada, que não florescem por inteiro. Por dia, abre-se de 1 a 2 flores, que permanecem abertas por 24 horas, aproveitando-se este período para se realizar a polinização manual. A polinização manual é feita pois, a flor possui uma membrana que separa o órgão reprodutor masculino do feminino o que dificulta a polinização natural realizada pelos insetos.
A polinização manual consiste em localizar a coluna, parte da flor onde se localizam o estigma e os estames, e com um estilete pontiagudo de madeira retira-se a polínea, uma massa onde os grãos de pólen estão agregados. A polínea é então levada até a entrada do estigma para a fecundação.

Maturação das favas:
Ocorre entre 9 a 10 meses após a polinização, sendo os frutos colhidos quando mudam da cor verde-claro para verde escuro. Devem ser colhidos nesta fase, para se evitar perdas, por se tratar de um fruto deiscente (os frutos se abrem deixando cair as sementes). Os frutos passam ainda por um processo de "cura", para que as favas desenvolvam placas de cristais, onde se concentra a vanila. Para tanto, as favas são submetidas a um processo de desidratação lenta, sendo primeiro rapidamente imersas em água aquecida, levando-as em seguida para secagem, inicialmente por 4-6 dias ao sol, terminando à sombra em tabuleiros. Quando bem preparadas, depois de secas, as favas apresentam numerosos cristais de vanila. São então embaladas para comercialização.

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